Bem-vindo e bem-vinda ao meu website de escritora! Aqui poderão encontrar excertos dos meus livros, alguns já com títulos esgotados, poesia avulsa conforme me apetece, e histórias de (des)encantar. Deixo-vos amostras da minha escrita para adoçar o paladar.

Perguntas frequentes

Porque deixaste de fazer arte visual e enveredaste pela escrita?

Arte visual, especialmente quando se trabalha com o objetivo de fazer uma exposição, é um trabalho físico árduo. Depois da ideia original, do primeiro ímpeto criativo, o resto é só o esforço para concretizar essa visão. Fiquei cansada.

Por outro lado, quando escrevo ficção (narrativas especulativas ou de ficção científica), encontro-me constantemente imersa no processo criativo. Cada parágrafo é uma extenção da minha imaginação de tal modo que, embora eu seja a autora da narrativa, fico muitas vezes emocionada com os personagens e os seus desafios.  

Qual é o teu processo de escrita criativa?

O processo de escrita depende da forma. Quando escrevo poesia, tenho em mente palavras e imagens com significado. Preocupo-me com as palavras e as sílabas porque, como dizia Nestor de Sousa, a poesia é para ser dita. Daí que as palavras precisam de fluir da boca, redondas como uma maçã vermelha. Assim, em geral trabalho muito o texto, revisitanto cada palavra, cortanto ou acrescentando para que o poema seja uma obra de arte.

Quando escrevo narrativas de ficção especulativa ou de ficção científica, começo por ter uma ideia geral da história, do enredo e dos personagens. Parte da história está na minha cabeça, mas o processo criativo acontece quando me sento ao computador e dou corpo, carne e espírito aos personagens e teço um enredo que possa empolgar o leitor.

Em narrativa, eu quero simplesmente contar uma história bem contada. Não escrevo literatura porque não tenho intenção de escrever uma obra de arte. Escrevo num estilo "escorreito", onde o enredo propela a leitura, com o objetivo de entreter o leitor ou a leitora e de, possívelmente ser um espelho critico da minha condição de mulher insular, num país muito desigual, em que tantas pessoas vivem sem esperança. Através das minhas histórias, eu quero dar essa esperança e enlevo a quem lê o que escrevo.

Quais são as tuas fontes de inspiração quando escreves narrativa?

Escrevo sobre o que me rodeia, sobre as minhas observações, sobre a minha visão do mundo (worldview) de mulher de Esquerda, e sou  influenciada pelas centenas de livros que leio por ano e pela ilha maravilhosa onde vivo.

Uso os géneros de ficção especulativa e de ficção científica como espelhos da nossa condição humana na sua diversidade. Estes dois géneros permitem um olhar alternativo sobre quem somos, sobre os nossos constrangimentos e permitem um olhar com distanciamento sobre que nos oprime, para que sejamos capazes de desenvolver pensamento crítico e sermos transformadores em termos políticos e culturais.

A ilha de São Miguel, em especial Ponta Delgada, tem sido, toda a minha vida, uma fonte de inspiração sempre renovada e nas minhas histórias é frequentemente uma personagem de fundo. Adoro viver aqui, rodeada de beleza, de cultura e das minhas amigas. 

Contacte-me

Terei muito gosto em trocar impressões consigo e em sugerir onde pode adquirir os meus livros. 

Location

Avelina da Silveira: Moonwater Editions
Ponta Delgada, Azores, Portugal

Sobre Moonwater Editions

Moonwater Editions é um sonho de eu poder um dia publicar artesanalmente histórias e poesia, de modo em que cada livrinho seja uma obra de arte.